Fernando Schüler: “O país dos fanáticos”
O poder oferece a chance de cada um expandir sua personalidade Por Fernando Schüler - Publicado em 3 dez 2022, 08h00 A política tem um lado doentio. O episódio da turma “comemorando” a lesão de Neymar é só mais um exemplo. No passado foi assim com a religião. Na verdade, muito pior. Lá por volta de 1553, na (hoje) civilizada Genebra, o grande Miguel Servet, teólogo e homem do mundo, foi queimado com lenha verde, lentamente, em uma fogueira, apenas por publicar um livro e discordar de Calvino em certos detalhes teológicos que hoje acharíamos risíveis. Hoje em dia não colocamos mais ninguém na fogueira (que eu saiba), e mudamos o foco: brigamos por política, não por religião. Vibramos quando o jogador que votou no candidato que a gente não…