O governador João Doria escolheu Mário Luiz Sarrubbo como novo procurador-geral de Justiça de São Paulo neste domingo (5/4). Ele era o candidato da situação, apoiado pela gestão atual, de Gianpaolo Smanio, e era subprocurador-geral de Políticas Criminais do Ministério Público de São Paulo até se afastar para se candidatar.
Sarrubbo foi o segundo mais votado na eleição de sábado (4/4), com 657 votos. Ficou atrás do concorrente Antonio Carlos da Ponte, que obteve 1.020 votos. Os dois eram os únicos candidatos.
Em entrevista à ConJur antes das eleições, o novo PGJ destacou que sua principal proposta é aumentar a integração regional entre os membros do Ministério Público e promover o diálogo com a população.
Na instituição desde 1989, Sarrubbo é professor de Direito Penal na Faap, lecionou na Escola Superior do MP-SP e na Escola Superior de Advocacia paulista. Além disso, foi diretor da Associação Paulista do Ministério Público do Estado de São Paulo (APMP), de 1998 a 2002, dirigiu o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional da Escola Superior do MP-SP (2011 a 2013), presidiu o Colégio de Diretores de Escolas de Ministérios Públicos Brasileiros e foi Conselheiro Superior do Ministério Público.
Lista dupla
A situação na eleição para PGJ deste ano foi inusitada. Em vez de formar uma lista tríplice, os procuradores votaram nos dois únicos candidatos disponíveis (um terceiro havia anunciado que participaria da eleição, mas não se inscreveu).
Assim, com base em um parecer “de gaveta” que data do governo Mario Covas, o atual governador poderia ter indicado um terceiro candidato para completar a lista, e depois ter escolhido entre os três.
A escolha do PGJ neste ano é relevante por causa das eleições municipais. O procurador-geral é responsável por aprovar os promotores eleitorais nas zonas eleitorais. O mandato do novo PGJ vai abarcar toda a fase de formação das coligações partidárias.